De comer para deixar de sentir... A sentir a comida!

Hoje é a querida MS que dá o seu testemunho sobre a sua relação com alimentação e as dietas. Depois de muito tempo a tentar sarar um relacionamento que não funcionava devidamente, finalmente a MS encontrou aquilo que procurava. Agora, para além de ter criado novos hábitos e de estar a mudar o seu estilo de vida, MS encontrou tranquilidade. Saibam como! ;)



De comer para deixar de sentir... A sentir a comida!

O que vos venho falar neste pequeno testemunho é: 

Como mudei a minha relação com a comida. Só para vos situar e contextualizar : Estou de dieta em dieta há quase 10 anos. Fui-me deixando engordar no decorrer destes anos e, cada vez que entrava em mais uma dieta, não conseguia chegar ao fim e estava cada vez mais céptica. Mais céptica e gorda. Aliás balofa (hahaha!).

O facto é que havia na minha cabeça:
  • Um grande NÃO relativamente a dietas
  • Um não saber a GRANDE RAZÃO que me movia a emagrecer
  • Uma relação de descontrolo com a comida 
  • E, como uma querida amiga dizia uma vez, havia um ressoar a todo o momento de “Eu gosto mais de comer do que ser magra”
Isto ajudou-me a relacionar-me com a comida de uma NOVA maneira. Isto inclui:
  1. Acompanhamento de nutricionista desde há 1 ano.
  2. O vídeo de Marisa Peer sobre o seu método de emagrecimento
  3. Mindfulness
Vamos lá explorar o que me levou a mudar:

1. Acompanhamento de nutricionista (nutricionista Maria Travassos). 

Na minha relação com a comida, o apoio nutricional com a Maria Travassos foi MESMO muito importante, (e isto parece cliché, mas é totalmente verdade) porque me habituei a comer de forma saudável, equilibrada e mais consciente. Estou desde há 1 ano a ir sem faltar, e a aprender imenso! Este apoio fez ressoar em mim o seguinte:
  • Não seguir nenhum plano alimentar (senti que não estava a fazer dieta, mas sim a corrigir maus hábitos.)
  • Hábito de escrever um diário alimentar e assim perceber o que tinha de mudar (escrever o diário é fácil, porque basta ir escrevendo ao longo do dia nas notas do telemóvel e até se podem pôr emojis para ilustrar o correcto e o incorrecto. Isto gera aprendizagem e busca de novas soluções.)
  • Ideias de snacks e receitas saudáveis, saborosas, fáceis e muito rápidas. 
Assim comecei a ter mais imaginação e ganhar um novo gosto na preparação das minhas refeições. 

 2. Vídeo de Marisa Peer sobre o seu método de emagrecimento

Na minha relação com a comida, ter visto este vídeo de Marisa Peer (terapeuta de comportamento) onde ela fala do seu método de emagrecimento, foi uma grande ajuda. O que ressoou em mim:
  • Lavagem do cérebro ao contrário: De facto, eu era descontrolada a comer e deixava-me levar pela maior parte das tentações (isto foi sendo trabalhado ao longo dos tempos também com a Maria Travassos). A maior parte do tempo, somos bombardeados com imagens deliciosas, que nos mostram que só seremos felizes se consumirmos. É como se fosse uma lavagem cerebral à nossa cabeça. E o que a Marisa Peer nos vem dizer é que nós podemos dar a volta a essa lavagem cerebral com uma lavagem cerebral ao contrário. Ou seja, nós podemos 'snobar' a comida que nos faz mal e falar com ela dizendo: "Tu não és assim tão interessante. Eu escolho (prioridades) não te comer ou comer apenas um bocadinho, porque eu quero ficar uma estampa naquele vestido, e também porque escolho ser saudável". (cada um tem as suas razões, mas é preciso estar consciente delas)
  • Responder aos estímulos na hora certa: Muitas vezes nem nos damos conta que estamos a ser aliciadas. E, quando já estamos totalmente tentadas, não há nada que nos páre de 'engolir de uma só vez' aquele chocolate. Os pensamentos de vontade de comer podem ser mais levezinhos, ou mesmo inexistentes, se lhes respondermos na hora certa. E portanto, se estivermos atentas, quando vier um estímulo, basta dizer: "Não! isso não me interessa, porque não é uma prioridade para mim". Isto é muito útil, talvez envolva mais esforço ao princípio, mas depois torna-se um hábito e passamos a ter uma mente tranquila e liberta de adições. Porque está tudo nos nossos pensamentos. 
3. Mindfulness

Na minha relação com a comida, o Mindfulness foi a cereja no topo do bolo, e que cereja! Mudou a minha relação com a comida para a passar a saborear e sentir. Assim sendo, através do Mindfulness o que ressoou em mim:

  • Saborear a comida: Houve um simples exercício que mudou a minha relação com qualquer alimento que como actualmente, no qual utilizámos os 5 sentidos para apreciar uma passa (desde ver com a atenção a sua estética, a tocar e sentir a sua textura, ouvir o som quando tocada, sentir no paladar, começar a mastigar e finalmente engolir), dei-me conta que não saboreava a comida e que nem sequer a respeitava ou lhe era grata; que comia sem sentir, ou para não sentir. E, portanto, desde aí, actualmente, todas as refeições passaram a ser um ritual.
  • Comer devagar: De facto, eu comia mesmo muito depressa. O Mindfulness trouxe-me a prática de apreciar o momento. E, para o fazer, só pode ser devagar. Dou por mim a reparar nas cores presentes no prato, a largar a refeição e focar a minha atenção noutra coisa por momentos (antigamente só descansava quando acabava a refeição), para depois dar mais uma dentadinha pequenina. Refeições que demoravam 5 minutos, passaram a demorar 1 hora ou mais. Deixei de experimentar a comida de forma descontrolada. Deixei de viver sentimentos de desprezo, domínio ou descontrolo na minha relação com a comida. Deixei inclusivamente de fazer dieta. Continuo a querer perder peso, mas de forma natural, comendo menos e saboreando mais. Desta forma, consigo ficar saciada e mais tranquila, sem me sentir culpada e sem estar dependente e viciada. É uma sensação de liberdade. A comida é para mim hoje algo que reconheço valor, que aprecio e saboreio. Acima de tudo, sinto-a com amor e gratidão.
Um grande beijinhos para todas as leitoras!

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