Lev - dia 24

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Quando se faz dieta, é de esperar vários tipos de reacções:
  • Oscilações de humor: No meu caso, isto acontece muito. Porque estou em cetose e qualquer asneira que faça no meu regime alimentar faz com que este processo páre, sinto que não tenho outra escolha senão seguir o meu plano à risca. Na hora que antecede as refeições, começo a ficar muito impaciente e muitas vezes irritadiça, porque começo a sentir fome e prevejo que não vou ficar satisfeita com a refeição dietética.
  • Fraqueza: os únicos dois momentos em que senti fraqueza foi no e dias da dieta, de manhã, pois o meu corpo estava a habituar-se e a entrar em cetose. Mas ontem, por exemplo, estive numa festa espectacular na Kidzania onde me foi impossível fugir ao cheiro (e imagem) do McDonald's e da Pizza Hut e, com o calor e esforço que representa estar no meio de centenas de crianças aos berros que quase fazem placagens aos adultos que por lá andam, senti que estava meio fraca a certa altura. Foi muito esforço para tão poucas calorias diárias! Mas resisti! :D
  • Incerteza: esta é uma das mais temidas e determinantes reacções de quem faz dieta, sobretudo numa fase inicial. Será que estou a fazer isto bem? Será que vou ter resultados? Será que comigo esta merda não funciona? É normal que surjam muitas dúvidas, sobretudo para quem não está totalmente informado sobre a dieta que está a fazer e processos e fases por que tem de passar. O ideal é falar com o nutricionista ou orientador da dieta, ou mesmo pesquisar em sites fidedignos sobre o que é expectável que aconteça. No meu caso, optei por não mergulhar em dúvidas e deixar-me levar, nesta dieta - a única que alguma vez fiz acompanhada -, pelas palavras do nutricionista e pelos testemunhos na blogosfera. Acreditem que não encontram informação mais honesta sobre reacções e dúvidas noutro sítio!
  • Descontrolo: porque ele existe e não é tabu. Cada pessoa reage de forma diferente e tem as suas motivações, tal como tem os seus dias mais difíceis. Não podemos ser mais papistas que o Papa. Não podemos levar a dieta demasiado a sério. O resultado, sobretudo quando estamos em plena guerra connosco próprios, é uma saturação do regime alimentar e uma relação pouco saudável com a comida. Tenho uma amiga que passa por momentos fantásticos de dieta, mas de tempos a tempos tem de lidar com dias de maior suplício. Eu não sou nutricionista e estou longe de ser uma profissional sobre o assunto, mas percebo de pessoas. E a minha opinião é que, por vezes, acaba por ser mentalmente mais saudável calarmos as nossas vozinhas gritantes dando-lhes o que pedem em momentos críticos, para depois regressarmos à rotina de forma mais tranquila e disciplinada. Ninguém é de ferro.
  • Adopção de hábitos: isto pode ser visto ambiguamente. Se nos habituamos a comer apenas determinado tipo de alimentos (como eu, na primeira fase da dieta Lev), na fase seguinte (e nas que entretanto hão-de chegar) pode surgir uma sensação de desconforto: Estive tanto tempo sem comer isto... Parece que estou a fazer algo de mal. E, no final da dieta, regressar à alimentação normal por parecer um crime: Ai, que se como pão à noite vou começar a engordar e a estragar tudo por que lutei! Por outro lado, a dieta servirá também para nos ensinar a alimentar melhor: os hidratos de carbono complexos são mais saudáveis que os simples, por exemplo. É uma lição que se tira para toda a vida e que nos ajudará a fazer escolhas melhores. Isto para dizer que o importante é aproveitarmos estes dias de dieta para aprendermos não só sobre os alimentos, mas também para sabermos como funciona o nosso organismo. Informados, teremos muito maior controlo sobre o nosso peso, bem-estar e saúde.
  • Escolhas: uma amiga disse-me em tempos que deixar de comer hidratos de carbono seria quase impossível mas, no caminho, tornou-se vegetariana. Por outro lado, eu consigo perfeitamente não comer hidratos (ou reduzir drasticamente), mas teria muita dificuldade em ser vegetariana. Somos diferentes, fazemos escolhas diferentes. Ainda: agora faço parte de um grupo no Facebook que fala sobre a alimentação Paleo e comecei há um tempo a ter o hábito de comprar determinados alimentos em lojas biológicas, o que não significa que mude radicalmente a minha alimentação. Quanto a mim, e no que me for possível, pretendo continuar a enveredar por um caminho alimentar muito diversificado, saboroso, nutritivo, original, saudável e colorido. E é por isso é que este blog não vai parar quando a MV e eu cumprirmos os nossos objectivos: porque fizemos escolhas.
Bom feriado!

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